sábado, 12 de fevereiro de 2011

Desafio para o 8 Ano

Desafio ao 8 Ano.
Segue um texto informativo. Podemos classificá-lo como neutro ou de influência?? Argumente!! Faça a sua postagem nos comentários e identifique-se!!


Cidades que derretem

Elisa Marconi e Francisco Bicudo

Quem vive na cidade de São Paulo tem a sensação de enfrentar dias cada vez mais quentes. E parece que não é apenas impressão. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), os termômetros na cidade marcaram 33,8 graus no domingo, 30 de janeiro. Foi a marca mais alta do ano, até aqui. Uma semana antes, no domingo, 23, os paulistanos foram surpreendidos por uma tempestade de raios, no início da noite – foram 1.736 relâmpagos em pouco mais de duas horas, segundo medição feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As fortes chuvas que caíram no mês de janeiro, concentradas em poucos dias, deixaram um saldo assustador.

No estado de São Paulo, mais de 20 pessoas morreram em consequência dos estragos provocados pelos temporais (afogadas, levadas por enxurradas, soterradas por imóveis que desabaram ou por terra e lama que desceram de encostas). No Rio de Janeiro, a situação foi ainda pior. A região serrana do estado, onde ficam cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, acompanhou o deslizamento de parte dos morros, o soterramento de centenas de imóveis, o desalojamento de cerca de 35 mil moradores e a morte de mais de 870 pessoas, considerando dados da Defesa Civil Estadual. Como é comum em situações assim, as autoridades se apressaram em culpar o clima. “Choveu demais, foi anormal”, diziam. Também como esperado, os veículos de imprensa noticiaram e mostraram imagens das catástrofes – que gradativamente estão desaparecendo da agenda pública.

Vale insistir: tudo isso aconteceu há cerca de um mês apenas; no entanto, quem procura referências nos jornais de hoje praticamente já não encontra mais qualquer menção às tragédias provocadas pelo aguaceiro de janeiro. Sumir tão rapidamente da pauta midiática é certamente um indício de que a sociedade não está tão atenta à gravidade da situação. Quando as chuvas passam, voltamos a viver a “normalidade” do cotidiano, até que o verão seguinte nos traga novamente preocupação.

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