terça-feira, 22 de março de 2011

22 de Março - Dia Mundial da Água!!!!

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

sábado, 12 de março de 2011

Mais dicas para vocês!!

1 - Ninguém diz eu coloro esse desenho. Dói no ouvido. Portanto, o verbo colorir é defectivo (defeituoso) e não aceita a conjugação da primeira pessoa do singular do presente do indicativo. A mesma coisa é o verbo abolir. Ninguém é doido de dizer eu abulo. Pra dar um jeitinho, diga: Eu vou colorir esse desenho. Eu vou abolir esse preconceito.


2 - Outra vez atenção: os verbos terminados em -uar fazem a segunda e a terceira pessoa do singular do presente do indicativo e a terceira pessoa do imperativo afirmativo em -e e não em -i. Observe: Eu quero que ele continue assim. Efetue essas contas, por favor. Menino, continue onde estava.



3 - A propósito do item anterior, devemos lembrar que os verbos terminados em -uir devem ser escritos naqueles tempos com -i, e não -e. Veja: Ele possui muitos bens. Ela me inclui entre seus amigos de confiança. Isso influi bastante nas minhas decisões. Aquilo não contribui em nada com o progresso.



4 - Coser significa costurar. Cozer significa cozinhar.



5 - O correto é dizer deputado por São Paulo, senador por Pernambuco, e não deputado de São Paulo e senador de Pernambuco.



6 - Descriminar é absolver de crime, inocentar. Discriminar é distinguir, separar. Então dizemos: Alguns políticos querem descriminar o aborto. Não devemos discriminar os pobres.



7 - Dia a dia (sem hífen) é uma expressão adverbial que quer dizer todos os dias, dia após dia. Por exemplo: Dia a dia minha saudade vai crescendo. Enquanto que dia-a-dia é um substantivo que significa cotidiano e admite o artigo: O dia-a-dia dessa gente rica deve ser um tédio.



8 - A pronúncia certa é disenteria, e não desinteria.



9 - A palavra dó (pena) é masculina. Portanto, "Sentimos muito dó daquela moça".



10 - Nas expressões é muito, é pouco, é suficiente, o verbo ser fica sempre no singular, sobretudo quando denota quantidade, distância, peso. Ex: Dez quilos é muito. Dez reais é pouco. Dois gramas é suficiente.



11 - Há duas formas de dizer: é proibido entrada, e é proibida a entrada. Observe a presença do artigo a na segunda locução.



12 - Já se disse muitas vezes, mas vale repetir: televisão em cores, e não a cores.



13 - Cuidado: emergir é vir à tona, vir à superfície. Por exemplo: O monstro emergiu do lago. Mas imergir é o contrário: é mergulhar, afundar. Veja o exemplo: O navio imergiu em alto-mar.



14 - A confusão é grande, mas se admitem as três grafias: enfarte, enfarto e infarto.



15 - Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em lugar de estada. Portanto, a minha estada em São Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em Santos só demorou um dia. Portanto, estada para permanência de pessoas, e estadia para navios ou veículos.



16 - E não esqueça: exceção é com ç, mas excesso é com dois s.



17 - Lembra-se dos verbos defectivos? Lá vai mais um: falir. No presente do indicativo só apresenta a primeira e a segunda pessoa do plural: nós falimos, vós falis. Já pensou em conjugá-lo assim: eu falo, tu fales...Horrível, né?



18 - Todas as expressões adverbiais formadas por palavras repetidas dispensam a crase: frente a frente, cara a cara, gota a gota, face a face, etc.



19 - Outra vez tome cuidado. Quando for ao supermercado, peça duzentos ou trezentos gramas de presunto, e não duzentas ou trezentas. Quando significa unidade de massa, grama é substantivo masculino. Se for a relva, aí sim, é feminino: não pise na grama; a grama está bem crescida.



20 - É frequente se ouvir no rádio ou na TV os entrevistados dizerem: Há muitos anos atrás... Talvez nem saibam que estão construindo uma frase redundante. Afinal, há já dá ideia de passado. Ou se diz simplesmente Há muito anos... ou Muitos anos atrás. Escolha. Mas não junte o há com atrás.



21 - Cuidado nessa arapuca do português: as palavras paroxítonas terminadas em -n recebem acento gráfico, mas as terminadas em -ns não recebem: hífen, hifens; pólen, polens.



22 - Atenção: Ele interveio na discórdia, e não interviu. Afinal, o verbo é intervir, derivado de vir.



23 - Item não leva acento. Nem seu plural itens.



24 - Todo mundo gosta de dizer magérrima, magríssima, mas o superlativo de magro é macérrimo.



25 - Essa história de mal com l, e mau com u, até já cansou: É só decorar: Mal é antônimo de bem, e mau é antônomo de bom. É só substituir uma por outra nas frases para tirar a dúvida.



26 - Toda vez que disser "É meio-dia e meio" você estará errando. O certo é: meio-dia e meia. Ou seja, meio dia e meia hora.



27 - Não tenho nada a ver com isso, e não haver com isso.

quarta-feira, 9 de março de 2011

6 Ano - texto publicitário ou jornalístico??

A apuração dos desfiles começou às 16h25 desta quarta-feira (9/3). Três escolas foram multadas por descumprir normas técnicas durante o desfile. O Salgueiro, devido ao atraso de 10 minutos para completar a passagem pela Marquês de Sapucaí, começou a apuração com menos 1 ponto e ainda pagará uma multa de R$ 45 mil por problemas na dispersão. A Portela também ultrapassou o tempo em um minuto e foi punida com multa de R$ 100 mil. Por não respeitar o mapa da concentração, a Mangueira foi multada em R$ 45 mil.

Como o incêndio de 7 de fevereiro na Cidade do Samba destruiu os barracões da Portela, da União da Ilha e da Grande Rio, não houve rebaixamento. As três agremiações também não participaram da disputa pelo título.

O desfile

Última escola a desfilar na Marquês da Sapucaí em 2011, a Beija-Flor de Nilópolis homenageou o cantor Roberto Carlos com o enredo A simplicidade de um Rei. A letra do samba destacou a a infância do rei em Cachoeiro do Itapemirim (ES), a Jovem Guarda, a religiosidade, o romantismo e os seus fãs. Toda a trajetória de Roberto, que completa 70 anos em 19 de abril, foi apresentada ao público pelos 4 mil componentes, distribuídos em 47 alas e oito carros alegóricos.

Uma lista de celebridades - incluindo os parceiros Erasmo Carlos e Rosemary e os cantores sertanejos Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone - também atravessam a avenida. No último carro, o próprio Roberto Carlos, emocionado, cantOU os versos do samba-enredo acompanhado de 300 crianças, que representaram querubins.

terça-feira, 8 de março de 2011

Sugestão de leitura: O Grito da Gaivota

Emmanuelle Laborit é surda profunda. Neta do cientista Henri Laborit, atriz agraciada com o Prémio Molière, é a protagonista deste testemunho, marcado pela memória de um crescimento que se viveu diferente; testemunho de uma vida, vista pelos olhos de uma menina, contado pelo sentir de uma mulher. Relato comovente, pessoal e subjetivo, de alguém que cresceu no mundo do silêncio, que nunca aprendeu a viver à distância da comunicação, e que acaba por se libertar de um mundo que não precisava de ser assim.

O Grito da Gaivota confronta-nos com uma realidade de que a generalidade das pessoas pouco conhece, e convida-nos a partilhar as experiências, tantas vezes dolorosas, do dia a dia dos que vivem envoltos no silêncio e na incompreensão.

domingo, 6 de março de 2011

História da participação das mulheres na política

Durante grande parte da História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e se candidatar. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito do voto. Também puderam se candidatar a cargos políticos. Nas eleições de 1933, a doutora Carlota Prereira de Queirós foi eleita, tornando-se a primeira mulher deputada federal brasileira.

Principais conquistas das mulheres na política brasileira

- Em 1932, as mulheres brasileiras conquistam o direito de participar das eleições como eleitoras e candidatas.

- Em 1933, Carlota Prereira de Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira

- Em 1979, Euníce Michiles tornou-se a primeira senadora do Brasil.

- Entre 24 de agosto de 1982 e 15 de março de 1985, o Brasil teve a primeira mulher ministra. Foi Esther de Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação e Cultura.

- Em 1989, ocorre a primeira candidatura de uma mulher para a presidência da República. A candidata era Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).

- Em 1995, Roseana Sarney tornou-se a primeira governadora brasileira.

- Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT - Partido dos Trabalhadores) venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.

Indicações de livros sobre a História da Mulher

Livros sobre a História da Mulher

História das Mulheres no Brasil
Autor: Del Priore, Mary
Editora: Contexto

Mulher e Família na América Portuguesa - Coleção Discutindo a História do Brasil
Autor: Figueiredo, Luciano
Editora: Atual

Histórias Extraordinárias - Considerações Sobre a Mulher
Autor: Keller, Wilma
Editora: ALEPH

A Mulher / Os Rapazes: Da História da Sexualidade
Autor: Foucault, Michel
Editora: Paz e Terra

Bakhita - Mulher, Negra, Escrava, Santa - Uma Fascinante História de Liberdade
Autor: Zanini, Roberto Italo
Editora: Cidade Nova

A Mulher na História
Autor: Lemieszek, Dionysia Bonow
Editora: SAGRA-DC LUZZATTO

Breve História da Mulher no Mundo Ocidental
Autor: Bauer, Carlos
Editora: Xama

Familia Mulher Sexualidade e Igreja na História do Brasil
Autor: Marcilio, Maria Luiza
Editora: Associação Jesuíta

Mulher Sujeito e Objeto de Sua Própria História ?
Autor: Santos, Sidney Francisco Reis dos
Editora: Oab-SC

Mulher & Trabalho - 32 Histórias
Autor: Camargo, Maria Silvia
Editora: Editora 34

Corpo a Corpo com a Mulher
Autor: Priore, Mary Del
Editora: Senac São Paulo

Mulheres no Brasil Colonial
Autor: Del Priore, Mary
Editora: Contexto

Histórias de Mulheres
Autor: Montero, Rosa
Editora: Agir

Elas - 52 Mulheres da Bíblia que Marcaram a História do Povo de Deus
Autor: Syswerda, Jean E.; Spangler, Ann
Editora: Mundo Cristão

100 Mulheres que Mudaram a História do Mundo
Autor: Rolka, Gail Meyer
Editora: Ediouro - RJ

As Mulheres e os Silêncios da História
Autor: Perrot, Michele
Editora: Edusc

Bruxas, Comadres ou Parteiras - A Obscura História das Mulheres e a Ciência
Autor: Brenes, Anayansi, Correa
Editora: pelicano

8 de Março - Dia Internacional das Mulheres - Você sabe o porquê??

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.



Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.



Marcos das Conquistas das Mulheres na História

1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas

1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres

1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças

1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina

1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

8 Ano - Proposta de Produção Textual

Leia com atenção os seguintes textos:



“A crueldade do trabalho infantil é um pecado social grave em nosso País. A dignidade de milhões de crianças brasileiras está sendo roubada diante do desrespeito aos direitos humanos fundamentais que não lhes são reconhecidos: por culpa do poder público, quando não atua de forma prioritária e efetiva, e por culpa da família e da sociedade, quando se omitem diante do problema ou quando simplesmente o ignoram em decorrência da postura individualista que caracteriza os regimes sociais e políticos do capitalismo contemporâneo, sem pátria e sem conteúdo ético.”


(Xisto T. de Medeiros Neto. A crueldade do trabalho infantil.
Diário de Natal. 21/10/2000.)

“Submetidas aos constrangimentos da miséria e da falta de alternativas de integração social, as famílias optam por preservar a integridade moral dos filhos, incutindo-lhes valores, tais como a dignidade, a honestidade e a honra do trabalhador. Há um investimento no caráter moralizador e disciplinador do trabalho, como tentativa de evitar que os filhos se incorporem aos grupos de jovens marginais e delinqüentes, ameaça que parece estar cada vez mais próxima das portas das casas.”

(Joel B. Marin. O trabalho infantil na agricultura moderna.
www.proec.ufg.br.)

“Art. 4o. – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”

(Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990.)

Com base nas ideias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:

O trabalho infantil na realidade brasileira.


Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.


Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.

9 Ano - Proposta de Produção Textual

Os 8 passos para o Brasil virar uma potência

Por Isabel Clemente, Alexandre Mansur e Renata Leal


O prestígio internacional dá orgulho ao empresariado e ao governo do Brasil. Desde as privatizações não se via tanto investimento privado novo num mesmo setor. Até Pedro Paulo Diniz, ex-piloto de Fórmula 1 e empresário do ramo de entretenimento, e sua irmã, Lucila Diniz, herdeiros do grupo Pão de Açúcar, chegaram ao combustível natural. Vão investir cerca de US$ 200 milhões em duas usinas de álcool em Goiás. Para ter uma idéia do fascínio que o álcool vem exercendo, basta contar as liberações de crédito do BNDES.


Até a metade de maio, o BNDES aprovou R$ 1,24 bilhão para projetos no setor. É mais que todo o financiamento de 2005. E há os investimentos internacionais. O mais vultoso anunciado até agora são os US$ 2 bilhões reunidos pelo empresário Ricardo Semler e pelo ex-presidente da Petrobras Henri Philippe Reichstul, na Brazil Renewable Energy (Brenco). A empresa, lançada oficialmente no início do ano, já começou a plantar. Seus planos são construir quatro usinas, no Centro-Oeste, e exportar todo o álcool combustível produzido. Entre os sócios, empresários como Steve Case, fundador da AOL, Vinod Khosla, o multimilionário empreendedor indiano radicado nos Estados Unidos, e James Wolfenson, ex-presidente do Banco Mundial.


Segundo analistas, o Brasil tem potencial para se tornar uma Arábia Saudita verde. Os sauditas faturam US$ 154 bilhões por ano com petróleo. Ninguém arrisca quanto o Brasil ganharia exportando álcool. Mas poderíamos ir até mais longe porque, além de matéria-prima, dominamos a tecnologia da principal energia alternativa das próximas décadas. Receberíamos um volume de investimento sem comparação em nossa história, gerando fortunas empresariais e empregos em massa. Seria uma chance de dar um salto de desenvolvimento.


Essa chance existe porque o alto preço do petróleo e a preocupação com o aquecimento do planeta incentivam a busca por fontes de energia renováveis. O álcool, que o Brasil chegou a abandonar na década de 90, se encaixou nessa história. Embora a trajetória futura do álcool pareça brilhante, e o Brasil esteja na primeira classe, nada garante que não vamos ficar em alguma curva do caminho. Alguns desafios precisam ser enfrentados para o país não repetir o triste enredo de outros ciclos econômicos, como o da borracha, do café e do açúcar.

(...)




GARANTIR A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS

Se todo mundo começar a plantar cana, não vai faltar comida? Na teoria, não. A cana ocupa 6,2 milhões de hectares no Brasil. Outros 200 milhões de hectares são pastagens. Um ganho de 10% de produtividade no pasto liberaria 20 milhões de hectares para a expansão dos canaviais. Para atender à demanda mundial por álcool, caso o planeta resolva adicionar 5% de álcool à gasolina, precisaremos de pouco mais que 10 milhões de hectares plantados. O problema é que a vida real não funciona assim. Hoje, não há estímulo para a pecuária aumentar sua produtividade. E a produção de bois do país também tende a crescer. Também há pressão para plantar mais de outros alimentos. É pouco provável que alguém deixe de plantar. O que se teme é que plantadores de cana, pecuaristas e outros agricultores busquem a abertura de novas terras, pressionando as áreas de preservação ambiental.

EVITAR O CUSTO AMBIENTAL

Boa parte do prestígio do álcool tem razões ambientais. O combustível natural é uma alternativa à gasolina, cuja combustão gera gases que contribuem para o aquecimento global. “Mas essa vantagem é anulada se, para plantar cana, for necessário desmatar”, diz Christopher Flavin, do instituto Worldwatch, dos EUA. “Ninguém sério estabelece relação direta entre o desmatamento na Amazônia e a expansão da cana. O que existe é o risco para a Mata Atlântica e o Cerrado das regiões canavieiras.” E o perigo de uma compensação indireta: a plantação de cana sobre as pastagens do Sudeste e Centro-Oeste pode aumentar a pressão dos pecuaristas na Amazônia, onde eles já são os principais responsáveis pelo desmatamento ilegal e a grilagem.

A socióloga Laura Tetti, consultora da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), diz que é questionada sobre isso três vezes por semana. Sua melhor resposta é o que vem ocorrendo em São Paulo, Estado que concentra 70% da produção de álcool do país. Em um gráfico, Laura mostra como a área de cana quase dobrou no Estado nos últimos 15 anos. Outro gráfico, com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, sugere que, no mesmo período, a área de remanescentes florestais do Estado cresceu. “Os dados mostram como São Paulo não perdeu florestas para a expansão da cana”, diz Laura. Como? Existem projetos bem-sucedidos de corredores ecológicos em torno de canaviais na região de Piracicaba, em São Paulo. Espécies da Mata Atlântica foram usadas para reflorestar á­reas próximas às plantações.

Mas o destino da floresta ainda é incerto em outros Estados, como em Mato Grosso do Sul. Lá, existem projetos para expandir a área de canaviais de 200.000 para 1,2 milhão de hectares. “Só há um compromisso verbal de que o crescimento ocorrerá em áreas de pastagens, mas ninguém garante as reservas de Cerrado e Mata Atlântica da região”, diz Miguel Milano, da ONG Avina. “Claro que dá para plantar com cuidado. Mas não é o que temos visto.” O Ministério Público do Estado ainda está negociando salvaguardas ambientais com os representantes de 41 projetos de novas usinas para a região. Segundo o promotor Alexandre Raslan, eles ainda não concordam em assinar um termo se comprometendo a seguir a legislação ambiental para as s áreas arrendadas. “Isso garantiria a preservação de 20% da vegetação nativa em cada propriedade, como estabelece a lei”, diz.

OBTER GANHOS SOCIAIS

A indústria da cana, com pretensões a vôos internacionais, ainda se vê às voltas com problemas constrangedores, como a existência de trabalhadores em condições degradantes. O número de propriedades envolvidas é pequeno, mas a quantidade de trabalhadores libertados em alguns casos pelos fiscais do Ministério do Trabalho não. O caso mais estrondoso até agora foi a libertação de mil trabalhadores na fazenda Gameleira, em Mato Grosso, em 2005.

Mais do que melhorar as condições de trabalho, será preciso mudar o sistema de produção para atender às exigências do mercado externo. Além do trabalho degradante, a colheita da cana pressupõe a queima da plantação. Ela é feita para acabar com a palha da cana, cortante, que pode provocar lesões na pele e nos olhos. O fogo também reduz o risco de acidentes com animais, como cobras, no canavial.

A saída é mecanizar a colheita. Neste ano, 40% dos canaviais paulistas serão cortados à máquina. “Até 2017, esperamos não ter mais áreas queimadas e cortadas à mão no Estado”, diz Antônio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da Única. As máquinas não servem para terrenos inclinados ou plantações pequenas, mas devem substituir a maior parte da mão-de-obra empregada no setor. É um aumento da produtividade. Mas, também, num primeiro momento, um aumento do desemprego no campo. Os cortadores representam metade do 1 milhão de trabalhadores que a cana emprega. Cada colheitadeira substituirá pelo menos cem deles.

Se a mecanização deverá tirar muitos trabalhadores do campo, o estudo poderá colocar parte deles para dentro das usinas ou criar outras oportunidades de emprego. A pedido da associação de produtores, o Centro Paula Souza, a maior rede de escolas técnicas do Estado de São Paulo, criou um curso técnico em açúcar e álcool há seis anos. A idéia inicial era capacitar quem já havia concluído o ensino médio e trabalhava nas usinas. De lá para cá, escolas técnicas espalhadas pelo Estado oferecem o curso, que dura dois anos. Em Osvaldo Cruz, a cerca de 600 quilômetros da capital, a Escola Técnica Amin Jundi está formando 40 alunos neste ano.

(...)

Em todo o Oeste Paulista, devem ser abertas 40 usinas até 2010. Dos 160 mil postos de trabalho previstos, pelo menos 27 mil serão para técnicos. É o trabalho mais especializado tornando o lugar do trabalho braçal.

(...)

Fonte: Revista Época, Edição 472, 04/06/2007



Com base nas idéias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:

O Brasil como potência energética e os problemas sócio-ambientais.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.

ENEM

http://www.enem.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=55&Itemid=87

7 Ano - CRÔNICA

Crônica

Gênero considerado tipicamente brasileiro, sob vários aspectos, a crônica transita entre o jornalismo e a literatura e aposta na subjetividade para relatar, de maneira informal, os fatos do dia a dia. Os cronistas têm a liberdade total do texto subjetivo. O cronista nos empresta suas lentes para ver o mundo e nos faz enxergar o que bem entende, em seu universo interior.

Apesar de ser considerada, por muitas décadas, como gênero menor, muitos autores importantes se dedicaram a ela. Carlos Drummond de Andrade foi um dos grandes cronistas do cotidiano do Rio de Janeiro. O mesmo pode-se dizer de Olavo Bilac, que, no início do XX, passou a produzir crônicas num jornal carioca, substituindo outro grande escritor, Machado de Assis. Rubem Braga é tido por muitos críticos como o grande mestre dessa peculiar modalidade de texto curto.

Leia, a seguir, a primeira crônica escrita contra o Golpe Militar de 1º de abril de 1964.

Da Salvação da Pátria

Posto em sossego por uma cirurgia e suas complicações, eis que o sossego subitamente se transforma em desassossego: minha filha surge esbaforida dizendo que há revolução na rua.

Apesar da ordem médica, decido interromper o sossego e assuntar: ali no Posto Seis, segundo me afirmaram, há briga e morte. Confiando estupidamente no patriotismo e nos sadios princípios que norteiam as nossas gloriosas Forças Armadas, lá vou eu, trôpego e atordoado, ver o povo e a história que ali, em minhas barbas, está sendo feita.

E vejo. Vejo um heróico general, à paisana, comandar alguns rapazes naquilo que mais tarde o repórter da TV-Rio chamou de “gloriosa barricada”. Os rapazes arrancam bancos e árvores. Impedem o cruzamento da avenida Atlântica com a rua Joaquim Nabuco. Mas o general destina-se à missão mais importante e gloriosa: apanha dois paralelepípedos e concentra-se na brava façanha de colocar um em cima do outro.

Estou impossibilitado de ajudar os gloriosos herdeiros de Caxias, mas vendo o general em tarefa aparentemente tão insignificante, chego-me a ele e, antes de oferecer meus préstimos, patrióticos, pergunto para que servem aqueles paralelepípedos tão sabiamente colocados um sobre o outro.

- General, para que é isto?

O intrépido soldado não se dignou olhar-me. Rosna, modestamente:

- Isso é para impedir os tanques do I Exército!

Apesar de oficial da Reserva – ou talvez por isso mesmo –, sempre nutri profunda e inarredável ignorância em assuntos militares. Acreditava, até então, que dificilmente se deteria todo um Exército com dois paralelepípedos ali na esquina da rua onde moro. Não digo nem pergunto mais nada. Retiro-me à minha estúpida ignorância.

Qual não é o meu pasmo quando, dali a pouco, em companhia do bardo Carlos Drummond de Andrade, que descera à rua para saber o que se passava, ouço pelo rádio que os dois paralelepípedos do general foram eficazes: o I Exército, em sabendo que havia tão sólida resistência, desistiu do vexame, aderiu aos que se chamavam de rebeldes.

Nessa altura, há confusão na avenida Nossa Senhora de Copacabana, pois ninguém sabe ao certo o que significa “aderir aos rebeldes”. A confusão é rápida. Não há rebeldes e todos, rebeldes ou não, aderem, que a natural tendência da humana espécie é aderir.
Os rapazes de Copacabana, belos espécimes de nossa sadia juventude, bem nutridos, bem fumados, bem motorizados, erguem o general em triunfo. Vejo o bravo cabo-de-guerra passar em glória sobre minha cabeça.

Olho o chão. Por acaso ou não, os dois paralelepípedos lá estão, intactos, invencidos, um em cima do outro. Vou lá perto, com a ponta do sapato tento derrubá-los. É coisa relativamente fácil.

Das janelas, cai papel picado. Senhoras pias exibem seus pios e alvacentos lençóis, em sinal de vitória. Um Cadillac conversível pára perto do “Six”* e surge uma bandeira nacional. Cantam o Hino também Nacional e declaram todos que a Pátria está salva.
Minha filha, ao meu lado, exige uma explicação para aquilo tudo.

- É carnaval, papai?
- Não.
- É campeonato do mundo?
- Também não.

Ela fica sem saber o que é. E eu também fico. Recolho-me ao sossego e sinto na boca um gosto azedo de covardia.

(2-4-1964)

* Uma pequena lanchonete no Posto Seis, onde depois se instalou um banco.

Carlos Heitor Cony, crônica publicada originalmente no Diário da Manhã, republicada em livro no mesmo ano e reeditada em “O ato e o Fato – o som e a fúria das crônicas contra o Golpe de 1964”, Editora Objetiva, 2004.


Literatura de jornal (o que é a crônica?)

Artur da Távola

A crônica é a expressão das contradições da vida e da pessoa do escritor ou jornalista, exposto que fica, com suas vísceras existenciais à mostra no açougue da vida, penduradas à espera do consumo de outros como ele, enrustidos, talvez, na manifestação dos sentimentos, idéias, verdades e pensamentos.

Já escrevi mais de cinco mil crônicas. E a uns estudantes que me pediram uma síntese sobre o gênero, respondi o seguinte:

É o samba da literatura. É ao mesmo tempo, a poesia, o ensaio, a crítica, o registro histórico, o factual, o apontamento, a filosofia, o flagrante, o miniconto, o retrato, o testemunho, a opinião, o depoimento, a análise, a interpretação, o humor. Tudo isso ela contém, a polivalente. Direta a simples como um samba. Profunda como a sinfonia.
É compacta, rápida, direta, aguda, penetrante, instantânea (dissolve-se com o uso diário), biodegradável, sumindo sem poluir ou denegrir, oxalá perfume, saudade e algum brilho de vida no sorriso ou na lágrima do leitor.

A literatura do jornal. O jornalismo da literatura. É a pausa de subjetividade, ao lado da objetividade da informação do restante do jornal. Um instante de reflexão, diante da opinião peremptória do editorial.

É tímida e perseverante. Não se engalana com os grandes edifícios da literatura, mas pode conter alguns de seus melhores momentos. Não se enfeita com os altos sistemas de pensamento, mas pode conter a filosofia do cotidiano e da vida que passa. Não se empavona com a erudição dos tratados, mas pode trazer agudeza de percepção dos bons ensaios.

Para ser boa, não deve ser mastigada. Deve dissolver-se na boca do leitor, deixando um sabor de vivência comum. Deve parecer que já estava escrita há muito tempo na sensibilidade de quem a lê e foi apenas lembrada ou ativada pelo escritor/jornalista que lhe deu forma.

Deve ser rápida como a percepção e demorada como a recordação. Verdadeira como um poente e esperançosa como a aurora. Irreverente como um carioca. Suave como pele de mulher amada e irritada como uma criança com fome.

Terna como a amamentação e insegura como toda primeira vez. Religiosa como a portadora do mistério e agnóstica como um livre pensador. A crônica nos obriga à síntese, à capacidade de condensar emoções em parágrafos-barragem. Faz-nos prosseguir, mesmo quando nos sentimos repetitivos. É, pois, a expressão jornalístico-literária da necessidade de não desistir de ser e sentir. A crônica é o samba da literatura.

Jornal O Dia, 27 de junho de 2001

Lourenço Diaféria traduz também imprime sua visão sobre o gênero:

"A crônica é a reinvenção da lua abstraída das violações científicas e espaciais, é a metafísica dos postes e das azaléias, é a lupa que permite confirmar com a palavra escrita, se o sabonete Palmolive continua a abrir os poros e manter a pele leve e acetinada. A crônica existe para dar credulidade aos jornais, saturados de notícias reais demais para serem levadas a sério. A crônica descobre as pessoas no meio da multidão de leitores. Ela revela ao distinto público que, atrás do botão eletrônico, existe um baixinho resfriado e de nariz pingando, que assoa e vocifera. A crônica serve para mostrar o outro lado de tudo - dos palanques, das torres, de eclipses, das enchentes, dos barracos, do poder e da majestade. Ela não consta no periódico por condescendência. A crônica é a lágrima, o sorriso, o aceno, a emoção, o berro, que não tem estrutura para se infiltrar como notícia, reportagem, editorial, comentário ou anúncio publicitário no jornal. E, contudo, é um pouco de tudo isso."

Diaféria, Lourenço. Depoimento - Escritor Brasileiro/81. Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, 1981.

Meu Ideal Seria Escrever...

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse – e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse – "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago – mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem – "mas de onde é que você tirou essa história?" – eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

Rubem Braga
A crônica acima foi extraída do livro "A traição das elegantes", Editora Sabiá - Rio de Janeiro, 1967, pág. 91.

PROPOSTA - PRODUÇÃO TEXTUAL - 1 ANO ENSINO MÉDIO

Primeira proposta de redação


Quem merece o título de país do futuro?

No início da década de 70, a economia brasileira crescia anualmente a taxas superiores a 10%, e o Brasil estava destinado a ser o país do futuro como previa o general Médici, presidente da época.

Mas as duas décadas perdidas, que vieram após o período conhecido como "milagre econômico", fizeram com que a expressão, que um dia deu orgulho aos brasileiros, passasse a ser usada com ironia dentro e fora do Brasil, que passou a ser chamado de eterno país do futuro.

Ao mesmo tempo em que o Brasil vivia duas décadas de crescimento medíocre, a China de Deng Xiaoping se abria para o mundo e começava pouco a pouco a pular degraus no ranking dos países mais ricos: hoje já é a sexta maior economia do mundo e cresce anualmente a taxas superiores a 7%.

Será que o Brasil, que caiu recentemente da oitava para a décima posição no ranking das economias mundiais, consegue reagir e superar a China? Por que a China avança enquanto o Brasil pouco evolui? Será que o Brasil de Lula vai reverter esse quadro?

BBC Brasil, 06 de janeiro, 2003



À sombra do passado
Os 125 anos de nascimento de Stefan Zweig fazem um bom momento para relembrar os 65 anos de Brasil, país do futuro

Brasil, país do futuro: o título do livro escrito há 65 anos por Stefan Zweig (1881-1942) transformou-se, no imaginário nacional, quase como se fosse uma maldição que, após ser conjurada pelo pobre escritor austríaco, nos tivesse deixado presos num limbo de eterno “vir a ser”, sem nunca chegar lá.

Revista Pesquisa Fapesp - Edição Impressa 126 - Agosto 2006



Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade


Com base nas ideias presentes nos textos acima, redija uma dissertação sobre o tema:

Brasil, país do futuro, os pilares para o desenvolvimento econômico, social e humano.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:

• Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
• O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
• O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.

ENSINO MÉDIO - COMO SE PREPARAR PARA O ENEM

1) Ler, ler e ler. O estudante melhor preparado é aquele mais curioso e que busca incessantemente conhecimento por meio da leitura. A ideia é adquirir repertório. Imagine uma árvore. Quanto maior seu tamanho, maior será sua sombra, maior sua presença no mundo, mais pássaros e outros seres vivos será capaz de acolher. O mesmo pode ser dito em relação a uma pessoa e o que ela sabe. Quanto mais vasto seu conhecimento e mais profundo, maior ela se torna. Interpretar textos é o coração do ENEM. É preciso saber que há diversos tipos de textos. Estudar os gêneros textuais é o primeiro passo para compreendê-los melhor. Jornais, revistas, a Internet, os livros e observar o mundo são os maiores aliados nessa jornada.

2) Pratique a argumentação. Em outras palavras, para que dominar os recursos linguísticos? Para se expressar melhor, se fazer entender melhor e comunicar o que pensa. Promova rodas de discussões com amigos. Você começará a perceber a eficácia de cada argumento. Divida o grupo entre os que são contra e os que são a favor de uma questão. Tente se aprofundar e descobrir a complexidade de alguns temas. Ao final, coloque no papel o tema, seu posicionamento em relação a ele, os principais argumentos, tire sua conclusão e faça uma proposta concreta para promover mudanças. Isso o ajudará a fazer uma redação nota 10 no ENEM e em qualquer vestibular.

3) Preservar a vida e garantir as condições para sua plenitude são o desafio permanente das gerações. O futuro é a obra de nossas mãos. Todos os temas ligados a essa questão são urgentes e, portanto, o ENEM se ocupará deles. Certamente algumas questões abordarão meio ambiente (florestas, recursos hídricos, energia, aquecimento global, catástrofes naturais etc.), desenvolvimento econômico, consumo consciente, segurança alimentar, justiça social, inclusão, formas de violência, diversidade e assim por diante. A redação também poderá pedir algo por aí.

4) Esqueça a abordagem tradicional de língua portuguesa e gramática. Não que ela não seja importante, mas o mais instigante é a língua viva, capturada em seu pleno uso. Estude variações linguísticas, funções da linguagem, expressões idiomáticas, figuras de linguagem, coesão e conectivos.

5) A cultura brasileira é um grande manancial para as questões do ENEM. Conhecer mais da nossa História e das nossas expressões artísticas, incluindo patrimônios materiais e imateriais vai, não apenas ajudá-lo, mas também enriquecê-lo. Isso inclui literatura, música, teatro, dança, cinema, artes visuais... Todo mundo devia conhecer melhor seu país, você não acha?

6) A cultura digital ou influências da tecnologia na sociedade e a cultura urbana e suas manifestação são os fatos mais relevantes no cenário cultural contemporâneo, especialmente o encontro entre as duas, com a mobilidade. Fique de olho nessas imbricações.

7) Intertextualidade e metalinguagem são campos obrigatórios. Dê uma investigada!

8) Haja o que houver, faça todas as propostas de redação pedidas. Pratique! Não há outro jeito de aprender a escrever. Você erra, alguém corrige, você aprende. Certo? Vá de peito aberto e arregace as mangas.

9) Na parte de literatura, o ENEM sempre adorou questões relativas ao Modernismo. Estude os principais autores desse período. Além disso, aprenda a ler poesia. É um grande desafio. Ela foge totalmente da linguagem cotidiana e faz usos extremamente sofisticados dos recursos linguísticos. Muita gente acredita que um poema é capaz de expressar o que nenhuma outra forma textual consegue. Deixe-se levar pelos sentidos inusitados criados pelos poetas.

10) Esqueça as caixinhas. O ENEM é uma prova interdisciplinar. Este ano, com mais questões e ainda mais disputado, o nível vai subir. Os conhecimentos exigidos serão basicamente os mesmos, mas haverá questões com nível de dificuldade maior.

Indicações de Leitura - 1 Ensino Médio

Pessoal,

Conforme conversamos na última aula, seguem indicações para leitura e pesquisa:

MACHADO, Ana Maria - Recado do nome. 1 ed., São Paulo: Martins Fontes, 1976.

KOCH, Indegore Villaça - O texto e a construção dos sentidos. 2 ed., São Paulo, Contexto,1998.

Leiam!! Vale a pena!
Bjs,
Carin

sábado, 5 de março de 2011

Relatório de Leitura dos paradidáticos!

Pessoal,

Dia 30/03 é o dia da entrega do relatório de leitura dos paradidáticos que indiquei no primeiro dia de aula, ok!

Caprichem!

Bjs,
Carin

1 Ano Ensino Médio - Literatura - ADÉLIA PRADO - POEMA: 'CASAMENTO'

Amados,
O poema a qual fiz referência na última aula é: 'Casamento', de Adélia Prado!


Casamento

Adélia Prado


Há mulheres que dizem:

Meu marido, se quiser pescar, pesque,

mas que limpe os peixes.

Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,

ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.

É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,

de vez em quando os cotovelos se esbarram,

ele fala coisas como "este foi difícil"

"prateou no ar dando rabanadas"

e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.

Por fim, os peixes na travessa,

vamos dormir.

Coisas prateadas espocam:

somos noivo e noiva.


Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.

1 Ano Ensino Médio - Literatura

Olá, Tchutchucos!!
Descansando bastante??

Seguem as instruções para o desafio literário que vocês desenvolverão.

Cada dupla já sabe a qual movimento literário está incumbido certo??
- Hosana e Luyara: Barroco;
- Camila e Alyce: Romantismo;
- Jaque e Letícia: Romantismo;
- André e Gabriel: Modernismo.

Etudamos, através do texto de Marisa Lajolo, que cada produção literária é um objeto social e está diretamente ligada à ideologia de seu tempo..."Somos filhos do nosso tempo", lembram??
Posto isto, vocês realizarão uma apresentação em power point, na qual deverá constar o contexto sócio-econômico-político da época que envolve uma produção literária de um autor. Portanto, vocês estão livres para escolher o autor dentro do movimento literário, o tipo de gênero e a obra.
Apontando as características do contexto na obra e as características do movimento literário, vocês deverão encontrar motivos, elementos nas obras que as fundamentem enquanto parte daquele contexto e daquele movimento. É necessário transcrever trechos da obra nos slides, para que consigamos acompanhar as análises, assim como é necessário entregar a cada aluno um resumo das análises e da pesquisa realizada. Esta tarefa será apresentada a partir da primeira sexta de Abril e o valor será: Dez, contabilizado para o segundo bimestre, conforme combinamos.
Dicas de autores que vocês podem escolher:
Barroco: Gregório de Mattos Guerra ou Padre Antonio Vieira;
Romantismo: Álvares de Azevedo, José de Alencar, Camilo Castelo Branco, Joaquim Manuel de Macedo, Castro Alves;
Modernismo: Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Carlos Drummons de Andrade, Oswald de Andrade, Mário de Andrade.
Ah, farei uma postagem com o poema do 'peixe', tá bom!!
Bom trabalho meus lindos!
Beijos,
Carin

terça-feira, 1 de março de 2011

JOGOS BACANAS

http://www.soportugues.com.br/secoes/jogos.php

Qual é o Gênero?

À exceção dos seres sexualmente diferenciados, o gênero de alguns substantivos fixa-se ao longo da evolução histórica de cada língua. Assim, não raro um mesmo substantivo difere, quanto ao gênero, de uma língua para outra. Existem palavras que possuem gênero ambíguo, a elas se aplicando tanto o masculino como o feminino. Há nomes que são chamados comuns de dois, por se aplicarem a ambos os sexos. Diante das variações possíveis, o gênero de algumas palavras costuma provocar discussões. Veja a seguir as dúvidas mais frequentes:



O guaraná ou a guaraná? O refrigerante, feito de um fruto da Amazônia, possui gênero masculino, da mesma forma que o fruto. Fala-se erradamente em ‘a guaraná’, por analogia a outros refrigerantes (como a Coca, Pepsi, etc.).

Por Exemplo: Vamos beber um guaraná.

O aguardente ou a aguardente? É substantivo de gênero feminino.

Por Exemplo: Esta aguardente é a melhor que encontramos no mercado.

O gambá ou a gambá? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: A gambá é um animal mamífero.

O pernoite ou a pernoite? É substantivo de gênero masculino.

Por Exemplo: O pernoite nesta pousada está um pouco caro.

O sabiá ou a sabiá? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: O canto da sabiá é muito conhecido.

O laringe ou a laringe? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: O laringe evita a penetração de alimento na traqueia.

O diabete ou a diabete? As duas formas são aceitas. Em alguns casos, usa-se diabetes, que apesar do "s" final, trata-se de um vocábulo no singular. Assim, tem-se: o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes.
Por Exemplo: Na aula de biologia, estudaremos o diabete.

O fênix ou a fênix? É substantivo de gênero feminino.

Por Exemplo: A ave fênix, segundo a tradição egípcia, renascia das próprias cinzas.

Expressões Redundantes

Ocorre redundância quando, numa frase, repete-se uma ideia já contida num termo anteriormente expresso. Assim, as construções redundantes são aquelas que trazem informações desnecessárias, que nada acrescentam à compreensão das mensagens. No dia a dia, muitas pessoas utilizam tais expressões sem perceber que, na verdade, são inadequadas. Veja a seguir frases com expressões redundantes frequentemente utilizadas:

"Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS."
Ao dividir algo pela metade, as duas partes só podem ser "iguais"!

"O casal ENCAROU DE FRENTE todas as acusações."
Seria possível que eles encarassem "de trás"?

"A modelo ESTREOU seu vestido NOVO."
Seria possível que ela estreasse um vestido "velho"?
"Adoro tomar CANJA DE GALINHA."
Se é canja que você toma, só pode ser "de galinha"!

"O estado EXPORTOU PARA FORA menos calçados este ano."
E como ele poderia fazer para exportar para "dentro"?

"Quando AMANHECEU O DIA, o sol brilhava forte."
Você já viu amanhecer a "noite"?


"Tiradentes teve sua CABEÇA DECAPITADA."
Alguém já viu um "pé" ser decapitado? Decapitação só existe da cabeça mesmo!

Você sabe o que são Pérolas Gramaticais?

"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:

Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)

Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)

Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)

Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)

O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)

O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)

Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)

A vida é um conto de fábulas. (fadas)

Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)

A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)

COMO REALIZAR UMA BOA PRODUÇÃO TEXTUAL

Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não existem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bons autores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nesta seção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante úteis a você.

Ler, escrever e pensar



Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal).

Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensão de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto.

Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma das formas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é apresentado sob forma de linguagem escrita.

Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.

A Redação no Vestibular



Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é um grande fator de eliminação. Através dela, as instituições têm um indicador mais concreto da formação do aluno, diferentemente das questões de múltipla escolha. Geralmente, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Em menor proporção, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos. Conheça as características de cada um desses textos:

1 - DISSERTAÇÃO: dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar sua opinião a respeito do assunto.

2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as características de um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deve responder à pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensações, de tudo que envolve a realidade a ser descrita.

3 - NARRAÇÃO: texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar a ação”, respondendo à pergunta: O que aconteceu?

Dissertação - Estrutura



1ª parte: Introdução

No primeiro parágrafo, o autor apresenta o tema que será abordado.

Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual você escreverá e as delimitações propostas.

2ª parte: Desenvolvimento

Nos parágrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma série de argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.

Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que você pensa.

3ª parte: Conclusão

No último parágrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma mensagem ao leitor.

Dica: conclua de maneira clara, simples, coerente, confirmando o que foi exposto no desenvolvimento.

Atenção:

A dissertação deve obedecer à extensão mínima indicada na proposta, a qual costuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.

Como surgiu a cedilha?

Embora tenha deixado de ser empregada na grafia da língua espanhola, a cedilha surgiu na Espanha. A origem da palavra vem de "cedilla", diminutivo de "ceda", nome da letra "z" nesse idioma. Primitivamente, a cedilha era um pequeno "z" que se colocava debaixo do "c" para indicar que a letra correspondia ao som de [s].

O castelhano abandonou o uso da cedilha no século 18, a qual foi substituída por “z” ou “c” simples antes de “e” e “i”. A cedilha ainda é utilizada em português, catalão e francês para gerar o som [s] antes de “a”, “o” e “u”.

Exemplos: criança, preço, açúcar.

Qual a maior palavra da língua portuguesa?

A maior palavra da língua portuguesa possui 46 letras e ganhou registro definitivo em 2001, quando apareceu no dicionário Houaiss. Estamos falando de pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Antes, o título pertencia ao advérbio "anticonstitucionalissimamente", que tem 29 letras e descreve algo que é feito contra a constituição. O vice era "oftalmotorrinolaringologista", com 28 letras, que se refere ao especialista nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.

O Houaiss é o campeão de palavras na língua portuguesa, mas não traz, por exemplo, palavras da química que têm dezenas de sílabas, usadas para definir compostos. Uma delas é "tetrabromometacresolsulfonoftaleína", que tem 35 letras e indica um corante usado em reações. "Palavras como essa são muito específicas e só aparecem em glossários de terminologia química", diz o filólogo Mauro Villar, do Instituto Antônio Houaiss.

Dia Nacional do Livro

Você sabia que, no Brasil, 29 de outubro foi escolhido como o Dia Nacional do Livro? O hábito da leitura começou a ser valorizado na sociedade brasileira a partir da inauguração da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, criada com a transferência das obras pertencentes à Real Biblioteca Portuguesa, em 1810. Hoje, ela é a oitava maior biblioteca do mundo. Outra data importante para nossa literatura é 18 de abril, quando é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil, em homenagem ao escritor brasileiro Monteiro Lobato, que nasceu neste mesmo dia, em 1882. " Contos da Carochinha", de Figueiredo Pimentel, foi o primeiro livro infantil publicado no Brasil, em 1894, e continua sendo reeditado até hoje.

Norte-americano e sua lista de compras

Divirta-se com a lista de compras de um norte-americano, aprendiz da língua portuguesa:


Pay she (Peixe)
Key jow parm zoon (Queijo parmesão)
Mac car on (Macarrão)
Cow view floor (Couve-flor)
My one easy (Maionese)
Pier men tom (Pimentão)
Paul me to (Palmito) Better hab (Beterraba)
All face (Alface) Lee moon (Limão)
Car need boy - mail kilo (Carne de boi - meio quilo)
Beer in gel (Berinjela)
Spa get (Espaguete) Far in three go (Farinha de trigo)
As par goes (Aspargos) Too much (Tomate)

Qual é o Dia da Língua Portuguesa??

Você sabia que o dia 10 de junho foi escolhido para representar o Dia da Língua Portuguesa? Essa data marca o aniversário da morte de Luiz Vaz de Camões, um dos maiores poetas portugueses.

Camões acompanhou grande parte das aventuras marítimas dos portugueses, conhecendo e escrevendo também sobre as aventuras de seus antepassados. Ele faleceu no dia 10 de junho de 1580.




Luiz Vaz de Camões

Por que se usa "@" em endereços eletrônicos?

Você já se perguntou por que razão sempre existe o símbolo "@" (arroba) em e-mails? Ele é utilizado para representar a localização das caixas postais de usuários na rede. Em inglês, o "@" é lido como "at", preposição que denota lugar. A escolha desse símbolo deve-se ao engenheiro norte-americano Ray Tomlinson, que em 1971 passou a utilizá-lo em um dos primeiros programas criados para envio de e-mails.

A arroba, para quem não sabe, é bem mais antiga que a internet. O símbolo existe desde 1536, tendo sido criado por um comerciante de Florença, na Itália. Nessa época, era utilizado para representar uma unidade de medida. Em 1885, o "@" foi incluído no teclado do primeiro modelo de máquina de escrever e migrou, 80 anos depois, para o conjunto padrão de caracteres da computação.

LEITURA DOS PARADIDÁTICOS

Tchutchucos:

Já estão realizando as leituras dos livros paradidáticos??
Vai uma dica: Após a leitura de cada capítulo, faça um fichamento com uma síntese das principais informações abordadas! Isto ajudará a realizar o relatório de leitura!

Bjs,
Prô Carin